sexta-feira, 18 de maio de 2007

Santo quem? Eu?


É curiosa a didática de Deus para conosco...
Todos somos chamados por Deus à santidade, isto é, trilhar um caminho que nos conduza a contemplar a face de Deus.

Quantas vezes em nossa vida cotidiana, fazemos algum comentário ou questionamento sobre algum tema do qual já pensamos obter a resposta ou o resultado? Quantas vezes em nossa vida acumulada de programas e rotinas, não paramos por um instante ínfimo e indagamos: O que eu estou fazendo aqui? Para onde isto vai me levar? Por que eu me disponho a isto?
Se analisarmos, veremos que fazemos isto quase que o tempo todo!
Creio que os caminhos, meios e formas que Deus utiliza para nos formar, não devem ser questionados por nós, de maneira irresponsável.
Então (alguém poderia estar perguntado), por que as respostas e conclusões que eu freqüentemente alcanço NÃO SÃO SATISFATÓRIAS? Por que tais respostas NÃO ME CONDUZEM A UM NÍVEL TOLERÁVEL DE ACEITAÇÃO?
Certamente, deve ser porque tal pessoa não está (verdadeiramente) aberta a escutar uma resposta diferente daquela que já tem...
Agindo assim, inevitavelmente nos conduzimos a uma postura prepotente e arrogante, que por consequência, não nos permite abrir espaço para acolher uma resposta "diferente" daquela à qual estamos acostumados. É claro que isto tem um motivo. E o motivo é o MEDO de termos que abandonar TUDO o que conquistamos com TANTO suor e sacrifício. MEDO DE ADMITIR QUE ERRAMOS e precisamos recomeçar TUDO DE NOVO!
Quando agimos assim, somos rapidamente julgados como fracos e perdedores. Passamos inevitavelmente para a lista dos mais pobres – E não importa quanta riqueza tenhamos gerado ou ainda acumulado até aqui! Tais pessoas, são vistas como verdadeiras fracassadas.
É duro “ouvir” isto mas, se buscamos viver como alguém que só faz um questionamento responsável de sua vida nos momentos de crise, já começamos como fracassados!
O QUE NOS TORNA FRACASSADOS, NÃO É O RESULTADO QUE ALCANÇAMOS E SIM AQUILO QUE NOS MOTIVA!
O fracasso não está associado somente ao resultado. Parece óbvio e redundante demais dizer, mais eu digo: está DIRETAMENTE CONDICIONADO ao ponto de partida; Ao “ponta-pé” inicial e não importa o grau de dificuldade de uma determinada tarefa: O sucesso (leia-se = satisfação), só será atingido se minha postura for de SATISFAÇÃO DESDE O INÍCIO!
É preciso ter coragem para admitir que sou fraco diante de alguma coisa, fato ou pessoa. Esta postura, inicialmente pode até nos levar ao patamar da humilhação e da vergonha, todavia, é exatamente a partir deste ponto que passamos a aceitar com responsabilidade a necessidade de alcançar o sucesso exigido para aquela determinada situação.
Fica muito mais fácil entender isto quando partimos da reflexão sobre o que nos disse (ou seria prometeu?) Jesus:
“Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes os aflitos, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mt. 5: 3-9)
Com muita frequencia, perguntamos a Deus: Por que eu, Senhor? Por que me permites tal sofrimento?
Sugiro que ao dialogar com Deus em nossas orações, com sinceridade e verdade no coração, usemos mais as expressões: Para que, Senhor?
Ou ainda: O que queres que eu faça agora, Senhor? Quer que eu continue? Está valendo à pena, Senhor?
Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.» (Lc. 1:45)

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